29.3.09

Tenho uma tendência a escrever em momentos de melancolia, angústia, tristeza... Não é uma característica muito boa, apesar de ser meio que uma tendência da literatura como um todo. Da música e da poesia também. Fernando Anitelli bem descreveu essa situação: "a tristeza parece poesia".

Foi a tristeza que me trouxe aqui hoje, mas não quero falar sobre ela. Hoje eu quero fazer uma lista das atitudes que precisam ser tomadas urgentemente para afastá-la de mim. E convidar àqueles que também escrevem mais quando estão tristes a fazerem o mesmo exercício de dar um passo em direção à felicidade quando isso acontecer.

Aí vai minha lista:

1. Buscar o motivo da tristeza e resolvê-lo o mais rápido possível. De preferência, instantaneamente. Conversar é sempre a melhor alternativa, seguida por um abraço sincero, de conforto.
2. Se o motivo da tristeza estiver dentro você, você provavelmente não conseguirá de abraçar. Mas a parte da conversa ainda é válida. Mas nesse caso, ela pode ser seguida por um vídeo engraçado no Youtube (bebês dando risada é o mais indicado). Funciona praticamente como cócegas na alma. Também conforta.
3. Tenha amigos. E pelo menos um melhor amigo. Amigos te entendem, te alegram, te fazem rir ou te deixam chorar. Eles têm tudo o que você precisa pra levar a tristeza longe. E se eles te entristecerem, volte ao conselho 1.
4. Durma. Mas saiba que isso é temporário, pois quando acordar, a tristeza vai despertar junto.
5. Em vez de dormir, saia. Às vezes é difícil... O sono é mais forte, mas com certeza, quando você começar a se divertir ele irá embora e você irá pensar: "já pensou se eu tivesse escolhido dormir? Nunca saberia que aqui eu seria mais feliz".
6. O conselho mais bonito, que eu ouvi de um padre: se você quer ser feliz, faça alguém feliz. Pura verdade... E talvez o mais difícil de seguir. É desse que preciso me lembrar a todo momento. Quando eu esqueço dele, geralmente faço alguém sofrer.
7. Contraditório... Mas pense sempre em você, na sua felicidade. Não tente só fazer o que os outros esperam de você, porque assim você não vai ser feliz. E se não estiver feliz, não conseguirá fazer outras pessoas felizes e a roda não vai girar. Entendeu? É um círculo vicioso...

E essa é minha lista, um exercício diário, tipo parar de fumar ou beber, sabe? Acho que vou imprimir e colar do lado da cama, pra eu ler quando acordar.

E aqui vai o vídeo dos bebês rindo. Pra se você estiver triste, já sair daqui um pouco mais feliz.

1.3.09

Memórias

Faz tempo que não apareço por aqui... Não gosto de sumir. Sinto como se nesses hiatos do blog, esquecesse de mim mesma, de refletir sobre minha vida. De registrar momentos e histórias.


Por falar nisso, neste fim de semana de carnaval pensei muito sobre meu passado. Sobre como lido com ele, como minha memória é cruel e exclui fatos, sentimentos, emoções sem me pedir permissão. Simplesmente acordo um belo dia, tento recordar um momento feliz da adolescência e ele me foge. Não lembro... É como se não tivesse existido.


Ao chegar em casa do feriado, após contar como estava o clima e os passeios que fiz com o boyfriend, perguntei ao meu pai: “Sabe aquela praia que íamos quando você trabalhava na Freudemberg?”. Para minha surpresa, ele respondeu: “Acho que era Praia Grande ou Peruíbe, não lembro”. Aí pensei: “Sou normal! Se ele também não lembra, deve ser hereditário”.


Minha mãe lembrou: Praia Grande. Fomos duas vezes, uma delas só choveu. E aí lembrei que foi nesta vez que “virei mocinha”. Meu irmão acrescentou que lembrava de uma banca de revistas que ficava na orla. Eu lembrei também. E parei por aí. Ele ainda lembrou os detalhes do quarto e da colônia de férias, onde ficavam as camas por exemplo. Eu não consegui lembrar mais nada...


Me senti mal. Porque imagino que aos 13 anos, na praia, eu estivesse feliz. Queria lembrar as brincadeiras que fiz na praia, a cor do mar... A alegria que senti. Mas não consegui, apagaram-se.


Se fosse só com esse fato, tudo bem. Mas não é. Não me lembro nem dos filmes que assisti no ano passado! Memória fraca, fraca...


O que fazer? Lamentar? Não... Primeiro, admitir que sou normal. Infelizmente, é do nosso cérebro apagar algumas coisas para que outras possam entrar. Segundo, talvez criar o hábito de registrar momentos como esse, felizes!


Alguns já estão sendo registrados. Quer saber quais? Entre aqui ó: www.lazerpordois.wordpress.com. Ainda está em construção, mas já tem algumas lembranças bem legais. Visitem!


=)